Segue abaixo o texto do historiador Justo Gonzalez – especialista em história do cristianismo – sobre como era ministrado o batismo no cristianismo primitivo, ou seja, dos primeiros séculos.
Em geral o batismo era ministrado uma vez ao ano, no Domingo da Ressurreição, ainda que logo e por diversas razões começou a ser ministrado por outras ocasiões. Em princípios do século terceiro os que estavam prontos para serem batizados jejuavam durante a sexta e sábado, e seu batismo tinha lugar na madrugada de domingo, como na Ressurreição do Senhor. O batismo era por imersão, desnudados, os homens separados das mulheres. Ao sair da água, era dado ao neófito uma vestidura branca, em sinal de uma nova vida em Cristo (compare-se com Colossenses 3:9-12 e Apocalipse 3:4). Além disso davam-lhe água de beber, em sinal de que havia se tornado limpo, não só exteriormente, mas também interiormente. E ele também recebia unção, porque agora o cristão veio a formar parte do sacerdócio real, e ainda se lhe dava leite e mel, porque havia penetrado na Terra Prometida. Depois todos marchavam juntos à igreja, onde o neófito participava pela primeira vez do culto cristão em toda sua plenitude, isto é, da comunhão.
Ainda que, em geral, o batismo fosse por imersão, nos lugares me que faltava água era permitido praticá-lo vertendo água sobre a cabeça três vezes, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
GONZALEZ, Justo. A Era dos Mártires. Edições Vida Nova. São Paulo, SP. 1991.
vitral representando o batismo de Jesus
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