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terça-feira, 1 de junho de 2010

A Privatização da Fé


A Privatização da Fé


Vivemos uma época de busca de espaços particulares, que só sejam nosso – nossa casa, nosso carro, nossa propriedade. Mas é um nosso que se fecha para a participação do outro. (Reflexos de um mundo de estrutura capitalista, de busca pelo ter e desprezo pelo ser).


Mas a gravidade maior está na nossa forma de cristianismo – QUE É SÓ NOSSO!


O cristianismo que temos percebido hoje tem se fechado dentro do seu espaço – sendo um acontecimento restrito aos eventos dentro da quatro paredes do templo. Sentimos-nos irmãos, oramos, lemos a Bíblia, abraçamos uns aos outro... dentro do nosso espaço e com as pessoas pertencentes a esse espaço.


O templo tem sido o limite de nossas experiências cristãs!


Com Jesus não era assim! Jesus era o pastor “do caminho”, ou seja, não tinha um local específico de atuação, mas o caminho – que não tem fim, pois tomando uma estrada sempre surgirão outras se interligando – era a esfera de sua vivência e de anúncio da chegada do Reino de Deus.


OBS. Perceba que é no caminho que Jesus chama os discípulos, que encontra Zaqueu, que cura a mulher hemorrágica, que enfim ocorre seu ministério de ação.


Na época de Jesus, pessoas também privatizavam a fé – era em Jerusalém para os judeus e no monte Gerizim para os samaritanos, mas Cristo trouxe o Reino de Deus para o alcance de todos.


O entendimento de igreja dentro de portas fechadas, que só ocorre nesse espaço nada mais é que a PRIVATIZAÇÃO DA FÉ!


João 4. 21, 23.

21 Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.


23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.


O templo da igreja tem sua importância, mas é chegada a hora da igreja se embrenhar pela sociedade e implantar o Reino de Deus em seu seio. Os valores do Reino de Deus precisam ser vividos em todos ambientes.


O grande pregador, fundador do Metodismo, John Wesley, dizia “O MUNDO É A MINHA PARÓQUIA (TEMPLO)”. Pois entendia que todo o mundo era importante para sua atuação como cristão e embaixador de Cristo. Não havia um lugar restrito para ele atuar, pois o mundo todo era o seu templo.


Visibilidade x Presença


Temos tido em muitas regiões o surgimento de incontáveis igrejas evangélicas. O número de crentes aumenta ano a ano. Isso é bom! Mas o ponto NEGATIVO está em que os problemas sociais, como fome, violência familiar, tráficos, etc., têm crescido de forma alarmante. Determinado município da grande São Paulo que conheço tem mais de 500 igrejas, mas é uns dos que mais apresenta casos de gravidez na adolescência e aumento de trafico de drogas!


As igrejas evangélicas estão bem visíveis no Brasil – com seus grandes templos, programas televisivos, etc. Mas não tem estado presente de forma libertadora.

Jesus era libertador:


Lucas 4. 18 e 19.


“18. O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, 19. a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.”


As igrejas precisam ir além da visibilidade – Precisam ser atuantes, transformadoras. O que tem mudado na nossa sociedade com a presença da igreja? A presença de Jesus era sinônimo de mudanças, não apenas de visibilidade. Aliás, muitas vezes JESUS RECUSOU PROPAGANDA DE SI MESMO – como, por exemplo, quando ele curava, muitas vezes ele dizia: “Não diga a ninguém” (Mc 1. 44).


Jesus nem sempre era visível, mas sempre era transformador!

Programas de TV, de rádio, mega templos e cruzadas, milhões de crentes, e milhares de templos... Mas os problemas sociais aumentam!!!


SOMOS VISÍVEIS... MAS AINDA NÃO ESTAMOS PRESENTES!


Alexandre L.M Brandão.



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