História e Bíblia

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sentado ao pé do fogo eu penso


Lendo o Senhor dos Anéis encontrei esse belo poema que nos faz refletir na vida, em como ela é passageira; nas coisas que não mais temos a chance de reviver; na quantidade de coisas belas que temos para admirar, mas que não conseguimos devido as nossas limitações; e no futuro que não veremos, mas que ajudamos a construir.


Sentado ao pé do fogo eu penso
J. J. R. Tolkien

Sentado ao pé do fogo eu penso
em tudo o que já vi,
flores do prado e borboletas,
verões que já vivi;

As teias e as folhas amarelas
de outono de outros dias,
com névoa e sol pela manhã,
no rosto as auras frias.

Sentado ao pé do fogo eu penso
no mundo que há de ser
com inverno sem primavera
que um dia hei de ver.

Porque há tanta coisa ainda
que nunca vi de frente:
em cada bosque, em cada fonte
há um verde diferente.

Sentado ao pé do fogo eu penso
em gente que se desfez,
e em gente que vai ver o mundo
que não verei de vez.

Mas enquanto sentado eu penso
em tanta coisa morta,
atento espero pés voltando
e vozes junto à porta.

(OBS. poema cantado pelo personagem Bilbo Bolseiro, na casa de Elrond em Valfenda, do livro “O Senhor dos Anéis - A sociedade do Anel”).




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Morte dos Apóstolos – Parte 1

Martírio dos Apóstolos – Parte 1


Como morreu o apóstolo André.


“Diz a tradição que André viveu seus últimos dias na Cítia, ao norte do mar Negro. Mas um livrete intitulado Atos de André (provavelmente escrito por volta de 260 d.C) diz que ele pregou primariamente na Macedônia e foi martirizado em Patras.

Diz a tradição que André foi crucificado numa cruz em forma de X, símbolo religioso conhecido como Cruz de Santo André. Acredita-se que ele foi crucificado no dia 30 de novembro, de modo que a igreja Católica Romana e a igreja Grega Ortodoxa observam sua festa nesta data” (1)



Santo André, com sua cruz em forma de X, e São Francisco, em quadro de El Greco, 1604.



Como morreu o apóstolo Bartolomeu (Natanael).


Falta-nos informação sobre a identidade do apóstolo chamado Bartolomeu. Ele só é mencionado na lista dos apóstolos. Além do mais, enquanto os evangelhos sinóticos concordam que seu nome era Bartolomeu, João o dá como Natanael (Jo 1: 45). Crêem alguns estudiosos que Bartolomeu era o sobrenome de Natanael.


A palavra bar significa ‘filho’, por isso o nome Bartolomeu significa, literalmente, ‘filho de Talmai’ [...] Alguns eruditos acham que Bartolomeu estava ligado com os ptolomaicos, a família governante do Egito; essa teoria baseia-se na declaração de Jerônimo de que Bartolomeu era o único apóstolo de nascimento nobre.

Diz a tradição que Natanael serviu como missionário na Índia. O venerável Beda disse que Natanael foi decapitado pelo rei Astríagis. Outras tradições dizem que Natanael foi crucificado de cabeça para baixo”. (1)


Bartolomeu “Pregou em vários países e, ao traduzir o Evangelho de Mateus para um dos idiomas da Índia, propagou-o neste país. Por último, foi cruelmente açoitado e crucificado pelos conturbados idólatras” (2)


Como morreu o apóstolo Tiago, Filho de Alfeu


Os Evangelhos fazem apenas referências passageiras a Tiago, filho de Alfeu (Mateus 10:3; Marcos 318; Lucas 6:15). Muitos estudiosos crêem que Tiago era irmão de Mateus, visto a Bíblia dizer que o pai de Mateus também se chamava Alfeu (Marcos 2:14).

Alguns comentaristas da Bíblia teorizam que este discípulo trazia uma estreita semelhança física com Jesus, o que poderia explicar por que Judas Iscariotes teve de identificar Jesus na noite em que foi traído (Marcos 14:43-45; Lucas 22:47-48).


Dizem as lendas que este Tiago pregou na Pérsia e aí foi crucificado. Mas não temos informações concretas acerca de seu ministério posterior e morte. (1).


(1) PACKER, James. TENNEY, Merrill. WHITE, William. O Mundo do Novo Testamento. Editora Vida. 2001. São Paulo, Brasil.


(2) FOX, John. O livro dos Mártires. Editora CPAD. 2001. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.





sábado, 20 de fevereiro de 2010

Três ideais de vida





Três ideais de vida



Lucas capítulo 10 versículos 30 – 37.


30 Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto.


31 Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo.


32 Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo.


33 Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele.


34 E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o

seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele.


35 No dia seguinte, tirou dois denários [dinheiro] e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar.


36 Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?


37 Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo.




“Dois tipos de procedimentos dominam de forma mui sutil, as consciências humanas, e a ambos os homens aceitam praticar sem protesto e sem exame. As características desses dois modos de ação maléficas estão consubstanciadas nos atos praticados pelas personagens da parábola do Bom Samaritano, magistralmente contada por Jesus.


Nos salteadores, vemos o primeiro tipo. É o que despoja o próximo dos seus haveres, é a prática do “O que é teu é meu”. É a desonestidade agindo em todos os setores da vida, é a ausência de ética, é o desterro do bom senso. O outro tipo encontramo-lo no sacerdote e no levita. É o procedimento do “O que é meu é meu”. Que vê o próximo caído ferido e necessitado, mas passa de largo, não sacrifica o mínimo de seus interesses em favor do bem comum e da felicidade do próximo.


Essas duas formas de encarar a vida estão em desacordo com os ensinos de Jesus: são contrarias aos sentimentos de justiça e colidem com a santidade de Deus.


Entretanto na parábola do Bom Samaritano há também a figura significativa da nobreza e do dever, na qual Jesus apontou; não uma filosofia nem uma religião, mas a verdadeira concepção daquele que aceita um ideal, através do qual, a alma concretiza, em ações sublimes, as idéias mais puras e os sentimentos mais dignos que são possíveis conceber. O ideal que Cristo exemplificou tem vida e é capaz de transmitir vidas a outros. [Essa é a pratica do “o que é meu é teu”. É a vida sendo compartilhada, é o amor em ação, é a vida de Cristo sendo reproduzida; note como o samaritano usou tudo que estava ao seu alcance e que era seu para fazer o bem ao homem ferido]. Não há ideal mais puro do que conceitos que os enriquecem as páginas dos evangelhos.”



O texto acima é de Emílio Conde. Jornalista, escritor, poeta e hinógrafo, é considerado apóstolo da imprensa evangélica brasileira.


CONDE, Emílio. Asas do Ideal. CPAD, 2001, Rio de Janeiro, RJ.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A flor da honestidade - Ilustração



A flor da honestidade

Conta-se que por volta do ano 250 a.c, na China antiga, um príncipe da região norte do país, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.
Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula:

- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura. E a filha respondeu:

- Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz. À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:

- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China. A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos etc. O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura da sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe. Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena. Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:

- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor
- Que esta nos sirva de lição e independente de tudo e todas as situações vergonhosas que nos rodeiam, possamos ser luz para aqueles que nos cercam .

sábado, 13 de fevereiro de 2010

CARNAVAL – A FESTA DA CARNE

O texto abaixo é do pastor Ed René Kivitz, da Igreja Batista da Água Branca (um dos pastores brasileiros mais esclarecidos e sérios do Brasil que eu já ouvi). Se você gostou do texto conheça o site http://www.ibab.com.br/ed080203.html (leia os textos e faça downloads das mensagens bíblicas). Visite também o blog http://outraespiritualidade.blogspot.com/




CARNAVAL – A FESTA DA CARNE

O Carnaval Pagão é uma festa que tem sua origem nos cultos agrários da Grécia, em que se celebrava a fertilidade e produtividade do solo. Pisistráto, que governou Atenas entre 546 e 527 a.C., oficializou o culto a Dionísio, o deus grego equivalente ao deus romano Baco, das festas, do vinho, do lazer e do prazer, filho de Zeus e da princesa Semele, o único deus filho de uma mortal.

O Carnaval Cristão passa a existir quando a Igreja Católica oficializa a festa, em 590 d.C., cedendo aos anseios populares. O que era considerado ocasião para a libertinagem passou a ser cerimônia oficial com certos limites estabelecidos para conter a carnalidade do povo: "se você não pode vencer seu inimigo, alie-se a ele". Mas em 1545, no Concílio de Trento, o Carnaval é reconhecido como uma manifestação popular de rua, e sua data é fixada em 1582 pelo Papa Gregório XIII, quando da transformação do Calendário Juliano para Gregoriano, sempre no 7º domingo que antecede ao domingo de Páscoa.

No Brasil o carnaval chega em 1723, trazido pelos portugueses das Ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde, com o primeiro registro de baile em 1840, de onde, em 1855, surgiram os primeiros grandes clubes carnavalescos, precursores das atuais escolas de samba.

A festa ganhou diferentes cores na celebração popular. Desde os blocos de rua, com suas manifestações pitorescas e despudoradas, passando pelos bailes de salão, com todos os seus ingredientes de gala, luxo e lixo, e também enchendo as ruas com trios elétricos e foliões de abadá, especialmente no Nordeste, e escolas de samba, mini óperas de rua, que desfilam pelos sambódromos cantando temas que incluem, por exemplo, uma homenagem a Tom Jobim, uma versão alternativa da história do Brasil ou a chamada de atenção à questão ecológica.

Minha lembrança mais remota do carnaval me remete ao Rio de Janeiro, meados da década de 70, quando eu corria apavorado fugindo dos "bate bola", garotos mascarados que vinham em bandos batendo no chão uma espécie de bexiga de pele curtida que fazia um barulho tenebroso - uma versão tupiniquim do Halloween, com diferença de que não me lembro se eles pediam balas e doces ou apenas tocavam horror.

Em todas as suas manifestações não há como deixar de relacionar o carnaval com a festa da carne, que o relaciona ao hedonismo puro, quando se busca o prazer do corpo acima e antes de tudo, e sugere uma "licença para pecar", especialmente os pecados sexuais, relacionados com lascívia e luxúria - a Prefeitura de Recife pretende distribuir a pílula do dia seguinte, um contraceptivo de emergência, usado após o "sexo casual", e que objetiva impedir ou retardar a liberação do óvulo pelo ovário, impossibilitando a fecundação, ou impedir a nidação, fixação do óvulo fecundado no útero (que polêmica, hein?!). Fica entendido por que depois vem a quarta-feira de cinzas, dia de jejum e abstinência, quando alguns cristãos de tradição católica romana rememoram sua mortalidade, usando as cinzas à luz do simbolismo bíblico para o arrependimento perante Deus. A quarta-feira de cinzas ocorre sempre um dia depois da terça-feira gorda, o último dia da temporada de Carnaval e também, ou justamente, o último dia em que se pode comer carne, vindo em seguida a Quaresma, quarenta dias de jejum em preparação para a Páscoa.

A festa do carnaval, na cultura cristã católica ocidental, tem seu simbolismo claro: vamos todos morrer, e o melhor que temos a fazer antes disso é mergulhar de cabeça em todos os prazeres possíveis, que sabemos efêmeros e insuficientes para nos conduzir à plenitude da vida, possível apenas na ressurreição. Considerando, entretanto, que a carne é fraca, celebramos sua festa, mas não sem o cuidado de nos arrependermos, ainda que um arrependimento inconsistente, é verdade, apenas uma preparação para morrer bem, em vez de tomada de consciência para viver melhor.


(por Ed René Kivitz, do site www,ibab.com.br).

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O “JESUS” QUE JESUS NÃO CONHECE!


O “JESUS” QUE JESUS NÃO CONHECE!

(Caio Fabio)

Todos os dias encontro pessoas que vivem como bem entendem, mas desejam assim mesmo as bênçãos do Evangelho.

O ardil é simples:

A pessoa não lê a Palavra [exceto em reuniões públicas e a fim de basear o discurso de algum pregador], não conhece Jesus [exceto como nome poderoso nas bocas dos faladores de Deus], não ora [exceto dando gritos de apoio às orações coletivas], não pratica a Palavra [exceto a palavra do profeta do grupo, ou do bispo ou autoridade religiosa da prosperidade ou da maldição], não se compromete com o Evangelho [exceto como dízimo e dinheiro no “Banco de Deus”: a “igreja”]; e, de Jesus, nada sabe; pois, de fato, nada Dele experimenta [exceto como medo].

Entretanto, a pessoa fica pensando que o Evangelho que ela nem sabe o que é haverá de abençoá-la em razão de que ela está sempre no “endereço de Deus”: o templo da “igreja”.

Assim, vivem como pagãos em nome “de um certo Jesus” que não é Jesus conforme o Evangelho; e, mesmo assim, seguem “um evangelho” que não é Evangelho, para, então, depois de um tempo, acharem que o Evangelho não tem poder, posto que acham que já o provaram e de nada adiantou; sem saberem que de fato deram suas vidas a uma miragem, a um estelionato, a uma fantasia de “Deus”.

Milhões pronunciam o nome de Jesus, mas poucos o conhecem numa relação pessoal!
Na realidade o que vejo são pessoas estudando teologia sem conhecerem a Deus; entregando-se ao ministério sem experiência do amor de Deus em si mesmas; brigando pela “igreja” [como grupo de afinidades] sem amarem o Corpo de Cristo em seu real significado; pregando “a mensagem da visão da igreja” julgando que tem algo a ver com a Palavra de Jesus [apenas porque o nome “Jesus” recheia os discursos].

E mais: os que aparentemente sabem o que é o Evangelho e quais são as suas implicações, ou não querem as implicações para as suas vidas pessoais, ou, em outras ocasiões, não querem a sua pratica em razão de que ela acabaria com o “poder” de bruxos que exercem sobre o povo.

Assim, vão se enganando enquanto enganam!

O final é trágico: vivem sem Deus e ensinam as pessoas a viverem na mesma aridez sem Deus na vida!

O amor à Bíblia como livro mágico acabou com o amor à Palavra como espírito e vida!
Não se lê mais a Palavra. As pessoas levam a Bíblia aos “cultos” apenas para figurar na coreografia e na cenografia da reunião — nada mais!

Oração em casa, sozinho, com a porta fechada, e como algo do amor e da intimidade com Deus, quase mais ninguém pratica!

Ora, enquanto as pessoas não voltarem a ler a Palavra, especialmente o Novo Testamento, jamais crescerão em entendimento e jamais provarão o beneficio do Evangelho como Boa Nova em suas vidas.

Há até os que depois de um tempo julgam que o Evangelho é fracassado em razão da “igreja” estar fracassada.

Para tais pessoas a “igreja” não é apenas a “representante de Deus”, mas, também, é o próprio Evangelho!

Que tragédia: um Deus que se faz representar pelo coletivo da doença do “Cristianismo” e que tem “igreja” a encarnação de um evangelho que é a própria negação do ensino de Jesus!

O que esperar como bem para tal povo?

Ora, se não tiverem o entendimento aberto, o que lhes aguarda é apenas frustração, tristeza e profundo cinismo.

Quem puder entender o que aqui digo, faço-o para o seu próprio bem!

Nele, que não é quem dizem que Ele é,

Caio

09/05/08

Lago Norte

Brasília

DF


OBS. Se você gostou dessa postagem, visite o site http://www.caiofabio.com/2009/default.asp e leia as diversas postagens, reflexões, e mensagens do evangelho. Conheça também o Caminho da Graça, e ouça as mensagens do Evangelho com o pastor Caio Fabio. Faça um cadastro gratuito no site http://www.vemevetv.com.br/ e assista esse canal on-line. Vale à pena!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Persistência


Persistência


Alexandre L. M. Brandão.


Vi um homem que se levantou e caiu,

caiu e se levantou,

se levantou e caiu,

caiu e se levantou...


Mas tinha algo nele...

Algo que o fazia andar, caminhar sempre pra frente!


Às vezes parava,

sentava,

tropeçava,

caia para logo se levantar e correr livre...


Mas nem sempre corria.

Para falar a verdade ele quase não corria;

mais caminhava

e as vezes, até manquejava...


Tenho a impressão que tal homem chegará!

Ele quer.


Obs. Foi exatamente no dia 25/11/2005 que no trabalho, de repente, pensei no que escrevi acima...


Isaías 40. 28 - 31


28 Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento.

29 Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.

30 Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem,

31 mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.




sábado, 6 de fevereiro de 2010

Tecendo a Manhã



Tecendo a Manhã


"Um galo sozinho não tece uma manhã:

Ele precisará sempre de outros galos.


De um que apanhe esse grito que ele

e o lance a outro; de um outro galo

que apanhe o grito de um galo antes

e o lance a outro; e de outros galos

que com muitos outros galos se cruzem

os fios de sol de seus gritos de galo,

para que a manhã, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos (...)"


João Cabral de Melo Neto


Para refletir

Por esses dias, uma pessoa muito especial me enviou num e-mail, uma pérola de poema. Aqui o reproduzo na expectativa de que você reflita na importância do trabalho feito na unidade, pois assim tem sido a construção da História. A coletividade humana tem projetado a história de acordo com seus feitos e atitudes.

“Um galo sozinho não tece uma manhã”. Assim um único indivíduo jamais será capaz de transformar uma sociedade, mas quando cada um der sua colaboração, assumindo sua responsabilidade de indivíduo histórico, o processo histórico desencadeará numa perspectiva muito melhor que a atual. O próprio Jesus dependia da coletividade para o sucesso da sua missão e de seu propósito. Note bem, Ele morreu com cerca de trinta e três anos, mas deixou seus discípulos para que reproduzissem o que ele foi. Ele deu o “canto” inicial do evangelho, da vida, da verdade e do amor, e pessoas que o amavam reproduziram o mesmo canto de evangelho, de vida, de verdade e de amor. Hoje, ainda há alguns que não deixam esse canto morrer. Deus te chama a reproduzir o canto de Cristo! E é assim que raia o dia do Reino de Deus entre os homens!

Ev. Alexandre L.M Brandão



quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

SEGURANÇA


O texto abaixo é de Luis Fernando Veríssimo, que de uma forma extraordinária coloca numa crônica um problema dos nossos dias – a segurança. Vale a pena ler, é engraçado, inteligente e atual.


SEGURANÇA
(por Luis Fernando Veríssimo)

O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segurança. Havia as belas casas, os jardins, os playgrounds, as piscinas, mas havia, acima de tudo, segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados.

Mas os assaltos começaram assim mesmo. Ladrões pulavam os muros e assaltavam as casas.

Os condôminos decidiram colocar torres com guardas ao longo do muro alto. Nos quatro lados. As inspeções tornaram-se mais rigorosas no portão de entrada. Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá. Os proprietários e seus familiares também. Não passava ninguém pelo portão sem se identificar para a guarda. Nem as babás. Nem os bebês.

Mas os assaltos continuaram.

Decidiram eletrificar os muros. Houve protestos, mas no fim todos concordaram. O mais importante era a segurança. Quem tocasse no fio de alta tensão em cima do muro morreria eletrocutado. Se não morresse, atrairia para o local um batalhão de guardas com ordens de atirar para matar.

Mas os assaltos continuaram.

Grades nas janelas de todas as casas. Era o jeito. Mesmo se os ladrões ultrapassassem os altos muros, e o fio de alta tensão, e as patrulhas, e os cachorros, e a segunda cerca, de arame farpado, erguida dentro do perímetro, não conseguiriam entrar nas casas. Todas as janelas foram engradadas.

Mas os assaltos continuaram.

Foi feito um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo possível. Dois assaltantes tinham entrado no condomínio no banco de trás do carro de um proprietário, com um revólver apontado para a sua nuca. Assaltaram a casa, depois saíram no carro roubado, com crachás roubados. Além do controle das entradas, passou a ser feito um rigoroso controle das saídas. Para sair, só com um exame demorado do crachá e com autorização expressa da guarda, que não queria conversa nem aceitava suborno.

Mas os assaltos continuaram.

Foi reforçada a guarda. Construíram uma terceira cerca. As famílias de mais posses, com mais coisas para serem roubadas, mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima. E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Visitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos.

E ninguém pode sair.

Agora, a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos. Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua.

Mas surgiu outro problema.

As tentativas de fuga. E há motins constantes de condôminos que tentam de qualquer maneira atingir a liberdade.

A guarda tem sido obrigada a agir com energia.


VERISSÍMO, Luis Fernando. Comédias Para se Ler na Escola. Rio de Janeiro: 2001.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

ARQUEOLOGIA BÍBLICA

Arqueologia


O texto abaixo é parte do livro: "O Mundo do Antigo Testamento"


A palavra arqueologia deriva de duas palavras gregas, archaios, que significa "antigo", e logos, que significa "palavra", "assunto", "relato" ou "discurso". Arqueologia significa, literalmente, "relato (ou discurso) de assuntos antigos", e de quando em quando as pessoas usam-na para referir-se à história geral antiga. Comumente, porém, arqueologia aplica-se às fontes da história, desconhecidas até que as escavações as trouxeram à luz.


Arqueólogos são os que estudam o passado, que trazem à tona importantes sítios históricos e estudam o que encontram. No Oriente Próximo os arqueólogos dependem desses objetos históricos para conhecerem os fatos muito mais do que quando escavam cidades na Itália ou na Grécia, porque pouca literatura sobrevive oriunda do antigo Oriente Próximo. Se o arqueólogo encontra textos escritos, ele os passa para um especialista na língua ou cultura, que os traduz e compara com outros trechos de literatura daquela época.


ARQUEOLOGIA BÍBLICA


Os eruditos discordam quanto à propriedade do termo "arqueologia bíblica". Dizem alguns que arqueologia é arqueologia — isto é, seus métodos e alvos são essencialmente os mesmos em toda a parte, quer a Bíblia esteja envolvida, quer não. Eles têm, igualmente, preocupações válidas quanto a reivindicações anticientíficas (às vezes até fraudulentas), perpetradas em nome da arqueologia "bíblica". Crêem que deveríamos empregar outro termo, como "arqueologia palestina" ou então "a arqueologia e a Bíblia".


Talvez a expressão arqueologia bíblica tenha caído no desagrado porque os cientistas hoje simplesmente não estão muito interessados em assuntos bíblicos. Os estudiosos que têm interesse profissional na Bíblia não se acham tão ativamente engajados em trabalho arqueológico como outrora. Hoje, os arqueólogos profissionais estudam um amplo espectro de interesses culturais e antropológicos que podem não ser de aplicação imediata para o estudante da Bíblia. A afinidade há muito existente entre os estudos bíblicos e a arqueologia já não é hoje tão firme.


Os principais recursos, financeiros e de pessoal, dos projetos arqueológicos nas terras bíblicas nunca vieram de organizações ou instituições eclesiásticas. Vieram de universidades, museus ou de outras fontes privadas. Esta tendência provavelmente se tornará até mais forte no futuro por causa da inflação, da crescente especialização arqueológica, e do ceticismo cada vez maior da arqueologia para com o cristianismo tradicional. Não obstante, as igrejas e suas instituições deveriam procurar participar o quanto puderem.


Prova a arqueologia que "a Bíblia é verdadeira"? Não exatamente. O que é verdadeiro é que a arqueologia tem aumentado nossa confiança nos amplos esboços do relato bíblico. As descobertas arqueológicas têm sustentado muitas declarações específicas encontradas no texto sagrado. Muitas vezes a arqueologia tem sido útil na refutação aos ataques dos céticos. Todavia, muita coisa da Bíblia tem que ver com questões relativamente particulares, pessoais, as quais a arqueologia não pode verificar. E quanto mais recuamos na história, tanto menos evidências encontramos.


A. Suas Limitações. A "verdade" da Bíblia não é apenas uma questão de fatos, mas de interpretação desses fatos. Mesmo que pudéssemos demonstrar a veracidade da Bíblia inteira, isso não provaria seu significado redentor. Visto como a fé cristã se baseia em acontecimentos históricos, os cristãos recebem de bom grado qualquer prova que a arqueologia possa proporcionar — porém não ancoram aí a sua fé. Nenhuma falta de prova nem o ceticismo crítico desacre ditam a Palavra de Deus. Melhor é acentuar que a arqueologia nos ajuda a entender a Bíblia que insistir em que ela prova que a Bíblia é verdadeira. Com efeito, a arqueologia não pode fazer tanto, nem há necessidade de que o faça.


B. Seu Valor. A arqueologia pode proporcionar informação de nmdo histórico de milhares de anos depois que a Bíblia foi escrita. Conquanto a arqueologia lide, antes de tudo, com objetos concretos, Materiais, ela pode ajudar- nos a compreender a mensagem espiritual "os escritores bíblicos — especialmente suas ilustrações e figuras de Pensamento. Deve haver um "diálogo" entre o texto bíblico e os achados arqueológicos, porque cada um deles pode ajudar-nos a em tender e interpretar o outro. A Bíblia ajuda-nos a entender as novas descobertas arqueológicas, enquanto a arqueologia nos ajuda a ler nas entrelinhas" do registro inspirado.


Por exemplo, os registros históricos da antiga Babilônia não mencionam Belsazar, muito embora a Bíblia diga que ele sucedeu a Nabucodonosor (Daniel 4-5). Por algum tempo, alguns estudiosos da Bíblia duvidaram dela neste ponto. Mas em 1853 os arqueólogos encontraram uma inscrição em Ur, a qual mostra que Belsazar reinou com Nabonido, seu pai.


C. Sua Confiabilidade. Quão objetivo ou verdadeiramente científico é o método arqueológico, e até que ponto se pode confiar nos seus resultados? Felizmente, já passou o dia em que pensamos que até as ciências "exatas" ou físicas (a física, a química, e assim por diante) são absolutamente objetivas. Sabemos que as atitudes e as noções de verdade dos cientistas afetarão o modo pelo qual interpretam os fatos. Por outro lado, o grau de opinião pessoal das ciências "flexíveis" ou sociais (história, sociologia, psicologia) não é tão grande que devamos recusar-nos a chamá-las de "científicas". A arqueologia ocupa um campo intermediário entre as ciências "exatas" e as "flexíveis". Os arqueólogos são mais objetivos quando desenterram os fatos do que quando os interpretam. Mas as suas preocupações humanas também afetarão os métodos que empregam quando "cavam". Não podem deixar de destruir suas provas quando escavam, de modo que nunca podem testar seu "experimento" mediante a repetição.


Isto faz que a arqueologia seja singular entre as ciências. Além do mais, faz dos relatórios arqueológicos uma tarefa exigentíssima e toda cheia de armadilhas.


Não obstante, a arqueologia coincide com outras disciplinas científicas, como história, geografia e antropologia cultural (o estudo das formas de pensar e viver do homem). Os especialistas em física ou química muitas vezes se juntam às equipes de escavação a fim de analisar sementes, ossos, pólen, solo, e coisas semelhantes. O estudo de religiões comparadas ou "história das religiões" muitas vezes desempenha um papel proeminente na interpretação dos achados, porque muitos deles se relacionam com o culto. A geologia lida com camadas naturais ou estratos, em contraste com as camadas feitas pelo homem que reclamam a atenção dos arqueólogos; entretanto, muitas vezes os arqueólogos consultam os geólogos a fim de aprenderem mais acerca da natureza dos locais que estão escavando.


D. Sua Geografia. Quais as áreas geográficas que atraem o interesse da arqueologia bíblica? Para o período do Novo Testamento, essa área coincide grandemente com o Império Romano. Para os tempos do Antigo Testamento, a área é um tanto menor, e o centro se desloca o leste a fim de incluir o vale da Mesopotâmia e a Pérsia (o Irã 5e nossos dias).


É mais simples, porém, começar pelo ponto central — Palestina ou Israel (Canaã) — e partir daí. Os grandes impérios situados nos vales do Nilo e da Mesopotâmia são quase tão interessantes quanto a própria Palestina. A cultura da Fenícia (o Líbano moderno) tinha muito em comum com a de Canaã. A Síria é também de fundamental interesse — sua história amiúde se entrelaçava com a de Israel e sempre foi o principal corredor para os invasores da Palestina. Ainda mais ao norte, a Ásia Menor foi a terra natal dos hititas e de outros povos importantes.


PACKER, James. TENNEY, Merrill. WHITE, William. O Mundo do Antigo Testamento. Editora Vida. São Paulo, Brasil.




As Cavernas de Qumrán onde encontraram o sítio arqueológico bíblico mais importante de todos os tempos, no vale do Mar morto.