Que Mundo Maravilhoso
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O QUE MAIS FALTA A JESUS?...
Paulo nos diz que a letra mata [mesmo
que seja letra da Escritura…]; que o exercício que tenta ver mágica de
revelação na exegese, é tolice [prova disso é o modo como ele “usa” as
Escrituras do Antigo Testamento]; que qualquer “interpretação” que não seja via
Encarnação, ou seja: centrada exclusivamente em Jesus — é engano religioso que
presume ler tudo o que foi dito como “interpretação correta”...
Como poucos [...] Paulo entendeu que o
Evangelho era Jesus e que Jesus era o Evangelho; e que tudo o mais que tivesse
havido e sido escrito antes, como “Escritura”, agora, depois de Jesus, depois
da Encarnação, depois de Emanuel: Deus conosco — teria que ser submetido ao
espírito de Jesus, ao espírito do Evangelho; pois, na Velha Aliança se poderia
invocar a Deus para que mandasse fogo do céu para consumir os adversários, mas,
em Jesus, a mesma idéia antiga de “poder espiritual”, fora completamente
banida, repreendida e abominada por Ele, que, ante tal proposta de piedade
perversa [que eu chamo de peidade...] feita por João, apenas respondeu com a
seguinte afirmação: “Vós não sabeis de que espírito sois!...”
“Toda Escritura é inspirada por Deus e
apta para o ensino, a correção e a educação na justiça” — dizia Paulo; embora,
ao assim dizer, não transferisse para as Escrituras nada além do poder de
testemunhar Jesus, no que [...] e se [...] ela desse testemunho de Jesus; posto
que para os apóstolos [e João declara isso], “o testemunho de Jesus era o
espírito de toda a profecia”; ou seja: a finalidade de toda a Palavra escrita
[...] era ser apenas, agora, testemunho da verdade dos fatos do encontro entre
a humanidade e Deus, e, depois, entre os hebreus e Deus, e, ainda depois,
acerca de Israel como nação e Deus como o Senhor das nações; e, agora, em
Jesus, era o testemunho que não se poderia entender antes de haver Encarnação;
por isto, para Paulo, Jesus era a Chave Hermenêutica para a compreensão das
Escrituras...
Assim, em Jesus, se tem a separação nas
Escrituras de tudo quanto fosse circunstancial, passageiro, cultural,
histórico, necessário ao tempo, de um lado, e, de outro lado, tem-se o que é
permanente, o que é definitivo, o que é eterno, o que é Evangelho antes da
manifestação histórica do Evangelho...
Depois de Jesus a Bíblia é a coletânea
de livros nos quais se pode encontrar o testemunho histórico/profético acerca
de Jesus, mas não se tem nada além disso...
Por exemplo, depois de Jesus a leitura
se inverteu... Já não se lê as Escrituras em busca do Messias, mas, a partir do
Messias se lê o todo das Escrituras; visto que, depois de Jesus, tudo quanto
não seja Evangelho segundo o espírito de Jesus, ainda que esteja escrito na
Bíblia, caiu [...], segundo Paulo e o escritor de Hebreus [...], em estado de
obsolescência e caducidade...
Sim, Jesus é tudo; e quem não considere
Jesus assim [...], ainda não entrou no reino do entendimento segundo Deus.
Este é um fato ante o qual não há
barganhas a propor...
Ou é assim..., ou, então, ter-se-á tudo
com a grife Jesus, mas de Jesus mesmo não se terá nada...
Há, todavia, aqueles que se escandalizam
quando digo que Jesus é o Único Verbo, a Única Palavra Eterna; e que o mais...
[a Bíblia toda], é testemunho humano, inspirado; sim, testemunho dessa
esperança ou dessa fé, mas não é nada..., além disso...; visto que em Jesus, e
não na Bíblia, é que estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do
conhecimento...
Sem tal visão tudo é idolatria...
Sim, a Bíblia vira ídolo, as Escrituras
ficam maior que Jesus, e as doutrinas da “igreja” se tornam a “etiqueta
comportamental de Deus”, conforme definida pelos homens...
Ou seja: porque deixou de ser assim é
que herdamos a desgraça do “Cristianismo de Constantino”, que é o que se tem
como “igreja” e “crença” em Jesus até hoje; mas que nada tem a ver com o
Evangelho; posto que tudo tenha sido construído a partir da Bíblia como livro e
dos “mestres” como decodificadores da revelação; e, em tal caso, Jesus tinha
que se harmonizar com o todo da Escritura, e não a Escritura se harmonizar a
Jesus [...].
Para os apóstolos, no entanto, se
requeria a coragem de deixar de fora tudo quanto não coubesse mais [...] ante o
avanço revelado da vontade de Deus encarnada em Jesus.
Esta é a coragem de ruptura que também
se demanda de quem quer que queira tornar-se discípulo de Jesus, e de Jesus
somente...
Você tem outra pretensão?...
Ora, nossa única pretensão deveria
apenas ser o tornarmo-nos cartas vivas [...], evangelhos de carne e sangue
[...], epistolas de reconciliação [...], escrituras feitas de inscrição no
coração...
Sim, pois em Jesus, tanto como promessa
feita pelos Profetas, como também mediante o Seu próprio Prometer aos Seus
[todos] discípulos — está dito que todos os que Nele cressem seriam evangelhos
andantes [...], cartas hebréias em sua mobilidade no caminho [...]; ao ponto de
Paulo declarar que nosso chamado é para sermos cartas vivas, escritas pelo
Espírito do Deus vivente; cartas essas vistas e lidas por todos os homens,
mediante os nossos atos de amor, e nossa visão tomada pela mente de Cristo, que
é o Evangelho.
Doutrina certa segundo Jesus é vida
vivida em amor...
O que passar disso é Cristianismo, não
Evangelho!
Pense nisso!
Nele, que é tudo que como tudo eu
precise nesta vida ou em qualquer outra forma de existência,
Caio Fábio
Conheça http://www.caiofabio.net/
O que você precisa saber sobre a fome em 2012 - ONU
Informativo da ONU
Quantas pessoas passam fome no mundo e onde a
maioria delas vive? Quais são os efeitos da desnutrição sobre a mente e o corpo e o que podemos fazer para
ajudar essas pessoas? O Programa Mundial de Alimentos (PMA) preparou uma lista
com dez fatos essenciais para entender por que a fome é o maior problema
solucionável que o mundo enfrenta hoje.
1. Aproximadamente 925 milhões de pessoas no
mundo não comem o suficiente para serem consideradas saudáveis. Isso significa
que uma em cada sete pessoas no planeta vai para a cama com fome todas as
noites. (Fonte: FAO, 2012)
2. Embora o número de pessoas com fome tenha
aumentado, na comparação com o percentual da população mundial, a fome na
verdade caiu de 37% da população em 1969 para pouco mais de 16% da população em
2010. (Fonte: FAO, 2010)
3. Bem mais que a metade dos famintos do
mundo – cerca de 578 milhões de pessoas – vivem na Ásia e na região do
Pacífico. A África responde por pouco mais de um quarto da população com fome
do mundo. (Fonte: FAO, O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo, 2010)
4. A fome é o número um na lista dos 10
maiores riscos para a saúde. Ela mata mais pessoas anualmente do que AIDS,
malária e tuberculose juntas. (Fonte: UNAIDS, Relatório Global de 2010; OMS,
Fome no mundo e Estatística Pobreza, 2011).
5. Um terço das mortes entre crianças menores
de cinco anos de idade nos países em desenvolvimento estão ligadas à
desnutrição. (Fonte: UNICEF, Relatório sobre Nutrição Infantil, 2006)
6. Os primeiros 1.000 dias da vida de uma
criança, desde a gravidez até os dois anos de idade, são a janela crítica para
combater a desnutrição. Uma dieta adequada neste período pode protegê-las
contra o nanismo mental e físico, duas consequencias da desnutrição. (Fonte:
Comitê Permanente da ONU sobre Nutrição, 2009)
7. Custa apenas 25 centavos de dólar por dia
alimentar uma criança com todas as vitaminas e os nutrientes de que ela precisa
para crescer saudável. (Fonte: PMA, 2011)
8. Mães desnutridas muitas vezes dão à luz
bebês abaixo do peso. Essas crianças tem 20% mais probabilidade de morrer antes
dos cinco anos de idade. Cerca de 17 milhões de crianças nascem abaixo do peso
a cada ano. (Fonte: UNICEF, Um Mundo para as Crianças, 2007)
9. Em 2050, as alterações climáticas e os
padrões climáticos irregulares levarão mais de 24 milhões de crianças à fome.
Quase metade dessas crianças vivem na África Subsaariana. (Fonte: PMA, Mudanças
Climáticas e Combate à Fome: Respondendo ao Desafio, 2009)
10. A fome é o único grande problema
solucionável que o mundo enfrenta hoje. Aqui estão oito estratégias eficazes de
combate à fome.
Oito
exemplos de ajuda efetiva no combate à fome
Da merenda escolar até os vales-refeição,
aqui estão oito exemplos de ajuda que a experiência do Programa Mundial de
Alimentos (PMA) tem demonstrado ser eficaz.
1. Alimentação escolar ajuda no aprendizado
das crianças
O fornecimento de refeições gratuitas para as
crianças na escola significa dar a comida que necessitam para se concentrar em
sala de aula. Isso também contribui para que elas permaneçam na escola e
obtenham a educação necessária para escapar da pobreza e da fome.
2. Cêstas de alimentos para uso doméstico
mantém as meninas na escola
Doar cestas de arroz ou óleo para meninas que
frequentam a escola é um incentivo para que os pais orientem suas filhas para o
colégio, em vez de mantê-las em casa. Meninas educadas hoje significam famílias
mais fortes no futuro.
3. Treinamento para a autonomia das mulheres
Ao dar cestas alimentares para mulheres
pobres em troca de cursos de formação em jardinagem, apicultura ou de outras
competências, garante-se um meio para que elas se sustentem e ajudem suas
famílias ao longo dos anos.
4.
Mães bens alimentadas significam bebês saudáveis
Ao fornecer o tipo certo de nutrientes e
alimentos para as mulheres durante a gravidez ou a amamentação de seus filhos
são dados os nutrientes necessários para desenvolver mentes e corpos saudáveis.
5. Alimentos nutritivos ajudam a combater a
AIDS
Pessoas que vivem com HIV precisam de muita
energia e nutrientes de modo que seus corpos possam combater o vírus e absorver
os medicamentos antirretrovirais.
6. Vales permitem que cidadãos com fome
tenham acesso a comida
Quando há comida nos mercados, mas as pessoas
pobres simplesmente não conseguem pagar por ela, então os vales-refeição podem
ajudar a garantir às famílias vulneráveis acesso aos alimentos. Essas pessoas
também ajudam a sustentar a economia local.
7. A ajuda alimentar salva vidas após
desastres
O fornecimento de rações alimentares de emergência
após um terremoto ou uma inundação pode salvar milhares de vidas. Ele também
pode manter as crianças livres da desnutrição, protegendo assim o seu
desenvolvimento físico e mental.
8. Apoio aos agricultores fortalece as
comunidades
Dar formação e apoio aos pequenos
agricultores, ajudando-os a se conectar melhor aos mercados, auxilia as
comunidades a desenvolver sistemas de produção de alimentos resilientes e
capazes de resistir a choques ocasionais.
João Wesley (Heróis da Fé)
Ilustração – Oportunidade
Perdida
Nos EUA existe a pena de
morte. E um homem, por um motivo fútil, embriagado, iracundo, descontrolado,
matou um amigo dentro de um bar. Ele foi preso em flagrante, julgado e
condenado à morte. Ele ficou aguardando a execução.
Levantou-se nos EUA um clamor nacional,
pedindo ao governador daquele estado que tinha pena de morte, que perdoasse o
criminoso, concedendo-lhe o perdão, o indulto, mudando a pena, tirando de sobre
ele a pena de morte.
Sensibilizado, o governador
resolveu conceder o indulto para aquele criminoso. E o governador decidiu que,
pessoalmente, levaria aquela carta concedendo o perdão, transferindo a pena de
morte para outra coisa.
Vestido de terno, o governador
foi visitar o preso. Quando viu aquele homem de terno à porta de sua cela, o
preso, que era uma pessoa ignorante, pensou que fosse um Pastor dentro da
cadeia, de terno e gravata. Ele falou com ele mesmo: "Hum...mais um Pastor
aqui para me encher a paciência". Assim, ele deu às costas ao governador.
Porque naquela semana, ele já havia sido visitado por sete Pastores que lhe
pregavam o arrependimento.
Pensando que o governador era
mais um Pastor, o condenado virou as costas e não quis mais atender ao
governador, sem saber que junto estava o perdão - a mudança da pena de morte.
O governador ficou aborrecido
de ver a dureza do coração daquele homem que não quis sequer atende-lo, sendo
ele governador. A autoridade foi embora e cancelou o perdão.
O carcereiro chegou para o
preso e disse: "Você é louco? Por que não atendeu ao governador? O homem
veio aqui pessoalmente te trazer perdão e você não o atendeu?" O condenado
respondeu: "Ah, mas eu pensei que era um Pastor. Chame ele para mim,
chama". Disseram: "Agora é tarde. O governador já foi embora.
Aquele homem foi executado e
nada adiantou os seus apelos e seus pedidos, pois já era tarde demais. O Senhor
Jesus declara: "Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz
e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei e ele comigo".
Você pensa que eu sou
simplesmente um Pastor? Eu sou servo do Deus Altíssimo e eu trabalho para Jesus
Cristo. Eu estou aqui enviado em nome do Senhor para trazer o perdão, a chance
de salvação para a sua vida. Eu não te trago isso na forma de uma carta. Eu te
trago isso na forma da Palavra de Deus. E se você quiser, e receber, você será
perdoado e salvo.
Mas se você me desprezar e
ignorar esta Palavra que eu te trago, desprezando a pessoa que eu represento,
que está me enviando a ti, depois será tarde demais. Ouve, então agora a voz do
seu Senhor, abre o seu coração, se arrepende dos seus pecados e aceita a Jesus
Cristo como o teu Único Salvador, porque Ele não somente é o perdão, mas
principalmente a tua salvação.
Pastor Juanribe Pagliarin
O DEUS
QUE FALA DO MEIO DO REDEMOINHO
Caio
Fabio
“Depois
disto, o Senhor, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó...”
Jó foi o homem que conheceu o poder
construtivo das perdas.
Perdeu tudo. Perdeu todos. Os filhos haviam
morrido, seus bens roubados ou devastados pelas catástrofes que sobre ele se
abateram. Sua saúde é atingida de tal modo que ele fica por um fio: incapaz de
viver e incapaz de morrer – existindo no limbo onde nem a vida e nem a morte
lhe são possibilidades de alívio. Sua mulher se des-casa de sua dor. Seus
servos já não o reconhecem. Sua dignidade e virtudes antes aclamadas são agora
interpretadas por quase todos como uma grande falsificação. E, por último,
perde os amigos, que interpretam sua calamidade como um juízo divino sobre a
sua vida.
Jó ficou só. E a companhia de seus amigos
acusadores se lhe tornou presença idêntica a do Acusador. Seus amigos, sem o
saberem, haviam se tornado mais danosos à sua alma que Satanás.
Jó quer saber o por quê. Geme. Pede a morte.
Deseja ser um aborto. Amaldiçoa o dia de seu nascimento. Denuncia a História
Humana como cenário do Absurdo e da Injustiça. E, diante dos amigos, nega-se a
confessar-se para além do que já dissera.
Jó se permite sofrer. Jó conhece a
Indisponibilidade de Deus e dos homens e começa a adoecer de um mal maior. Jó
estava ficando amargurado com as interpretações homens e com o silêncio de Deus.
E no seu desespero, ele constitui Deus seu Advogado contra Deus e os homens.
As vozes tanto dos juízos humanos de seus
amigos quanto as dos clamores de Jó cessam apenas quando Deus “responde” a Jó
do meio de um redemoinho!
Sempre me perguntei por quê Deus falou a Jó
do “meio de um redemoinho”. Ora, a vida de Jó estava sob total poder
avassalador. Sua existência havia sido “varrida” pela força daquele diabólico
“tornado” que destruíra tudo o que ele amava e havia construído. Daí, então, a
imagem ser perfeita.
Era como se Deus dissesse: “Eu estou no meio
de teus tormentos!”
O fato mais interessante é que o “meio do
redemoinho” é um lugar de paz. Hoje sabemos que no “olhinho”, no centro das
tensões que formam o fenômeno do redemoinho, existe um silêncio total, uma
calma absolutamente chocante, uma “causa-paz” que contraria o “efeito-catástrofe”
por ele manifesto. E aqui há uma “parábola”. Isto porque o redemoinho é produto
de uma relação de causa e efeito estudável no universo das leis fixas. Mas,
estranhamente, existe uma “contradição” nele, pois, no meio da devastação
existe um lugar oposto, um lugar de paz. E é desse “lugar” que Deus fala a Jó.
E, assim, Deus usa um fenômeno de “causa e efeito” a fim de manifestar a
“não-causalidade” dos efeitos que Jó experimentava na carne. Jó era vítima de
fenômenos físicos e espirituais, mas seu Deus continuava o mesmo e não havia se
permitido mudar pelas tormentas que quase mataram Seu “amigo Jó”.
Na maioria das vezes é no meio do redemoinho
onde se encontra a maior Graça!
conheça http://www.caiofabio.net/
Teologia: A Fala de Deus.
Por Edson Maciel
"Todo homem é um filósofo" (Gramsci)
O
axioma acima é irrefutável! Mesmos tendo sido pronunciado por alguém alheio a
Palavra de Deus. Afinal todo ser que pensa, que tem habilidade racional e
intuitiva, que pode desenvolver –se cognitivamente é, por excelência, filósofo.
Se filosofia, por definição, é amor ao saber ou amigo do saber, (Φιλοσοφία), logo todo ser pensante e por consequencia aprendente,
pois quen pensa tende a aprender com o resultado de sua equação mental, por
isso todo homem é um filosofo. Tomemos o exemplo biblico bem corriqueiro:
Lucas 12:54-56 – “Dizia também às multidões: Quando vedes subir uma
nuvem do ocidente, logo dizeis: Lá vem chuva; e assim sucede; e quando vedes
soprar o vento sul dizeis; Haverá calor; e assim sucede. Hipócritas, sabeis
discernir a face da terra e do céu; como não sabeis então discernir este tempo?
De
acordo com a fala de Jesus o grande problema do homem, em particular de seus
seguidores, é o de saber discernir. Podemos ter como base também os escritos de
Salomão em Eclesiastes. Vejamos:
Eclesiastes 3:1-8 – “Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para
todo propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de
plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de
curar; tempo de derribar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir;
tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de
ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar; tempo de
buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora; tempo de
rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; tempo de
amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
Tanto
Salomão quanto Jesus alertam para a sabedoria popular. A vivência, o tempo, uma
postura inteligente de se viver faz com que consigamos aprender a “prever”
determinadas situações e, então, preparar-se para as circunstancias advindas.
Porém
a grande questão é, para nós cristãos, aprender a discernir as coisas de Deus.
Será possível “aprender” a discernir. Provavelmente não e sim. Afinal
discernimento além de ser uma arte humanamente possível, pois a arte de
raciocinar, como vimos nos exemplos bíblicos acima, nos permite prever
determinados acontecimentos. Mas discernir também é um dom dado pelo Espírito
Santo (1 Co 12:10b).
O
pressuposto nosso é: pensar teologicamente. Tendo como premissa que o termo
teologia o conceito de “o que Deus esta falando”. Por definição, optamos por A.
H. Strong, que diz: “Teologia é a ciência de Deus e das relações
entre Deus e o universo”.
O
que queremos dizer com “pensar teologicamente” é, portanto, buscarmos bases
firmes, alicerces bem fundamentados para entendermos o propósito divino para
nossas vidas. Ou melhor dizendo, viver de forma inteligente para Deus
proporcionará uma relação saudável entre nós e Deus. É a bússola, o norte, o
referencial já temos, a saber: A Bíblia Sagrada. A Palavra de Deus inerrante e
infalível. Tendo estes pressupostos em mente podemos concluir então que:
1
– Sou um ser pensante: consigo raciocinar e buscar soluções para um viver
melhor.
2
– Sou um ser religioso: consigo me relacionar com Deus, o criador de todas as
coisas, por isso preciso usar minha capacidade de reflexão para que este
relacionamento seja desenvolvido de forma saudável e sempre de aproximação.
3
– Sou um ser aprendente: posso desenvolver minha capacidade pensante e
religiosa de forma positiva e construtiva, contribuindo para um viver melhor
meu e de meus semelhantes.
Teologia se faz com
Raciocínio
Vamos
Raciocinar com Lógica! Isso é fácil de se dizer, e até mesmo de se praticar.
Contudo, quando alguém diz que se deve raciocinar com lógica, o que de fato
esta querendo dizer, ou melhor dizendo, como fazer isso? Basicamente existem
dois tipos de raciocínio lógico: O DEDUTIVO
e o INDUTIVO. O indutivo é comumente
usado pelos sistemas religiosos, mesmo entre as Igrejas tradicionais, pois é
dai que se formulam as chamadas doutrinas, e dai que se elaboram os famosos
Regimentos Internos (R. I.); é também a partir de raciocínios indutivos que se
originaram sétimo Dia, Igreja da Unificação, Mórmons e, porque não dizer a
Congregação Cristã no Brasil. Em geral tais grupos formam um seleto grupo de “especialistas”
que elaborarão suas chamadas “doutrinas” elementares. E seus adeptos não
necessitarão lerem mais nada, pois o que precisam saber já esta produzido por
seus “especialistas”, pelo que os Testemunhas de Jeová denominam de: Escravo
Fiel e Discreto ou Corpo Governante. A indução, neste caso, tem por base o
texto contido em Mateus 24:45-47:
Quem é
realmente o escravo fiel e discreto a quem o seu amo designou sobre os seus
domésticos, para dar-lhes o seu alimento no tempo apropriado? Feliz aquele
escravo, se o seu amo, ao chegar, o achar fazendo assim! Deveras eu vos digo:
ele o designará sobre todos os seus bens.
Quem
não gostaria de ser este quem Jesus se refere? É tentadora a ideia de aplicar a
si mesmo ou a um grupo, (de preferência o nosso), de ser ou sermos os
detentores da verdade ultima. Tentador é deveras perigoso. Pois a lógica
indutiva tem as seguintes características:
Método indutivo é aquele que parte de questões
particulares até chegar a conclusões generalizadas. Este método
é de raciocinar é precário, por não permitir a quem dele se utiliza uma maior
possibilidade de criar novas leis, novas teorias.
Outra forma de raciocinar é usando a lógica dedutiva. A
diferença é fundametal, principalmente nas conclusões. E para nós que buscamos
ler, entender, interpretar, analisar para aplicar na vida ora chamamos de
cristã, a exegese, para ser mais confiável, deve ter premissas que não deixem
parametros para dúvidas. Óbvio que a Palavra de Deus é viva e eficaz (Hb 4:1)
ea leitura de forma sistemática e buscando sempre uma interpretação que seja
mais próxima possível da inteção do autor e da vontade de Deus. Portanto:
“Método dedutivo é a modalidade de raciocínio lógico que
faz uso da dedução para obter uma conclusão a respeito de determinada(s) premissa(s).
A indução
normalmente se contrasta à dedução. Essencialmente, os raciocínios dedutivos se
caracterizam por apresentar conclusões que devem, necessariamente, ser
verdadeiras caso todas as premissas sejam verdadeiras.
Possui base racionalista e pressupõe que apenas a razão
pode conduzir ao conhecimento verdadeiro. Partindo de princípios reconhecidos
como verdadeiros e inquestionáveis (premissa maior), o pesquisador estabelece
relações com uma proposição particular (premissa menor) para, a partir de
raciocínio lógico, chegar à verdade daquilo que propõe (conclusão).”[1]
Basicamente
a diferença entre as duas formas de se raciocinar é:
“A lógica diferencia duas classes fundamentais de
argumentos: os dedutivos e os indutivos. Os argumentos dedutivos são aqueles
que as premissas fornecem um fundamento definitivo da conclusão, enquanto nos
indutivos as premissas proporcionam somente alguma fundamentação da conclusão,
mas não uma fundamentação conclusiva, identificando dessa maneira os conceitos
de dedução e raciocínio
válido. Uma outra maneira de expressar essa diferença é dizer que
numa dedução é impossível que as premissas sejam verdadeiras e a
conclusão falsa, mas no raciocínio indutivo no sentido forte isso é possível,
mas pouco provável. Num raciocínio dedutivo a informação da conclusão já
está contida nas premissas, de modo que se toda a informação das premissas é
verdadeira, a informação da conclusão também deverá ser verdadeira. No
raciocínio indutivo a conclusão contém alguma informação que não está contida
nas premissas, ficando em aberto a possibilidade de que essa informação a
mais cause a falsidade da conclusão apesar das premissas verdadeiras.”[2]
Concuindo entao nosso raciocinio lógico dedutivo, a
logica indutiva parte das partes para entender o todo enquanto que a dedutiva
busca ter todas as informações para entender as partes. E é esta a forma que
adotamos para elaborarmos uma exegese confiavel e acima de qualquer suspeita,
levado-se em conta que a Palavra de Deus não deve ser usada com fins obscuros,
ou como esta escrito em 2 Pedro 1:20:
Sabendo
primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular
interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem
algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
Teologia: Deus se Revelando
de Forma Sistemática
Nossa
proposta é estudar as doutrinas principais da Bíblia, de forma clara e buscando
sempre analises exegéticas da principal fonte cristã: a Bíblia. Estudaremos as
seguintes doutrinas:
1 – Teologia Deus: Doutrina
de Deus
2 – Cristologia: Estudo
acerca de Cristo
3 – Pneumatologia: Estudo acerca do Espírito
Santo[3]
Entendemos
que ao estudarmos estas três principais doutrinas cristãs, nos apropriaremos,
de maneira geral de uma das principais doutrinas bíblicas, a saber,
soterologia, que é a Doutrina da Salvação.
Antes,
porém, mas fazer uma breve abordagem sobre como o homem chegou a se apropriar
de tais estudos. Sim, pois para que chegássemos a elaborar estudos sistemáticos
sobre estes e outros assuntos acerca de Deus, Jesus e o Espirito Santo, foi
necessário que houvesse por parte de Deus tomar a iniciativa, afinal o homem
por si mesmo é alheio a Deus (Efésios 4:18). Este, digamos, contato,
denomina-se REVELAÇÃO.
Teologia e Revelação
Tudo
se inicia em Genesis. Sem Genesis e esta clara demonstração do amor de Deus ao
se revelar ao homem, não sabemos como poderia ser a vida humana. Deus, em sua
infinita bondade criou todas as coisas e se manifestou aos homens.
Revelando-se. Latourelle (1985, p.13), assim define o inicio da religião tendo
por suposto a Revelação:
Caracteriza-se a religião do Antigo
Testamento pela afirmação de uma intervenção de Deus na historia, intervenção devida
unicamente à sua decisão. É concebida essa intervenção como o encontro de
alguém com alguém: alguém que fala com alguém que ouve e responde. Dirige-se
Deus ao homem como um Senhor a seu servo, interpela-o, que ouve a Deus,
responde pela fé e pela obediência. O fato e o conteúdo dessa comunicação, nós
chamamos de revelação.
Podemos
afirmar que cristianismo adota quatro diferentes revelações, a saber:
1 – A Revelação da Natureza:
♦ Os céus proclamam a glória de Deus e
o firmamento atesta a obra de Suas mãos. Um dia ao seguinte transmite esta
mensagem; uma noite à outra a comunica. Não é linguagem humana, não há palavras
e som algum é percebido. (Salmos 19:1-4)[4]
2 – A Revelação Escrita:
♦ Porque a palavra de Deus é viva e
eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a
divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração. (Hebreus 4:12)
♦ Temos ainda mais
firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma
candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva
surja em vossos corações; sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da
Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida
por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo
Espírito Santo. (2Pedro 1:19-21).
3 – Revelação Especial: O Verbo Encarnado
♦ Mas, vindo a plenitude dos tempos,
Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, (Gálatas 4:4)
♦ No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as
coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se
fez. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade;
e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai. (João 1:1-3, 14)
♦ E, se invocais por Pai aquele que,
sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor durante
o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi com coisas corruptíveis,
como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por
tradição recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um
cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo, o qual, na verdade, foi
conhecido ainda antes da fundação do mundo, mas manifesto no fim dos tempos por
amor de vós, que por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e
lhe deu glória, de modo que a vossa fé e esperança estivessem em Deus. (1 Pedro 1:17-21)
Estes
meios de Deus se revelar possibilitam que o homem se encontre com Ele. Quanto
mais o homem perscruta em busca da revelação, mais se aproxima de Deus; e
quanto maior o conhecimento de Deus, maior a fé e menor o medo. Se a iniciativa
foi de Deus em se auto revelar inferimos que a sua intenção era a de se
aproximar cada vez mais de sua criação.
Homem
O
plano divino sempre foi o de se aproximar de sua criação, em especial do homem.
E Sua intervenção é sutil e marcante ao mesmo tempo. Pois poderia ter criado o
homem sem vontade, sem capacidade de escolher. Mas optou em criar um homem com
habilidade racional e moral, para se revelar a ele e dar-lhe a chance de optar
se converter ou não.
Fontes Bibliográficas
BÌBLIA
HEBRAICA. São Paulo: Sefer, 2006.
LATOURELLE,
René. Teologia da Revelação. 4.ed. São Paulo: Edições Paulinas, 1985.
Autor: Edson Maciel, pastor e teólogo.
[3]
Existem
outra gama de estudos que poderíamos inserir, como hamartiologia (estudo do
pecado), angelologia (estudo dos anjos), antropologia (estudo sobre o homem),
porém nesse momento faremos dentro destas três principais doutrinas as
abordagens que forem necessárias sobre estas e outras que forem necessárias.
[4]
Texto extraído da Bíblia Hebraica, Ed. Sefer, 2006.
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Quem sou eu
- Alexandre Brandão
- Antes de tudo sou seguidor de Jesus Cristo, e creio no evangelho como está escrito e busco tanto viver como proclamar suas verdades. Também sou teólogo, pregador do evangelho e professor de História. Simpatizo com o pensamento que revela as explorações dos sistemas políticos e mostra a alienação das massas, que carecem de uma transformação de suas consciências para chegarem a uma vida digna de seres criados a imagem de Deus.
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